Ajuda bastante nessa empreitada a magnífica biografia escrita por Max Brod sobre o escritor judeu- tcheco. Ambos se conheceram na adolescência, estudaram na mesma universidade e se tornaram amigos para o resto de suas vidas. Max Brod tinha tanto talento quanto Kafka, mas acabou sendo eclipsado pelo amigo, que se tornaria um escritor mundicalmente famoso, embora suas obras tenham sido publicadas apenas depois de sua morte. Max Brod ficaria conhecido apenas como aquele que escreveu a biografia definitiva do autor de O Processo e salvou sua obra da destruição por duas vezes, inclusive da sanha nazista contra os livros.
Tornou-se um injustiçado, uma vez que, na realidade, era, igualmente, um escritor de talento, tendo publicado dezenas de livros. 83 ao todo. A remissão ao escritor tcheco, aqui, se justifica quando tomamos conhecimento das escabrosas escaramuças que ocorrem nos corredores da capital federal, envolvendo os estertores da relação entre os poderes Legislativo e Executivo. No dia de ontem, em encontro com o Deputado Federal Celso Sabino, do União Brasil do Pará, Lula praticamente selou o destino de Daniela Carneiro na gestão do Ministério do Turismo. Na volta de sua viagem à Europa, o martelo deve ser batido.
A cabeça de Daniela Carneiro foi pedida pelo seu próprio partido, o União Brasil. E não estamos tratando aqui de uma reorientação de gestão, ou uma preocupação com os resultados alcançados pelo minitério, no que concerne aos benefícios produzidos pelo setor, tendo como beneficiários, naturalmente, a população. Ainda assim, kafkianamente, estamos tratando aqui de um problema de "gestão", mas das verbas destinadas ao órgão, que os zelosos membros da legenda gostariam de ter acesso livre, mas esbarram na resistência da ministra.
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