Havia uma grande expectativa em torno do embate entre o ex-juiz da Lava Jato, o hoje senador Sérgio Moro, e o advogado Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, que participava de sua sabatina no Senado Federal, rito que ele precisava cumprir para ter seu nome homologado como ministro do Supremo Tribunal Federal. Moro chegou cedo ao plenário, consoante alguns comentários de senadores antes do início da sessão. Sinceramente? Não ficamos nenhum pouco decepcionado com as arguições de senador Sérgio Moro, que informou que faria apenas perguntas de ordem técnica, mas acabou inquirindo Zanin até mesmo sobre uma eventual apadrinhamento do casamento entre Luiz Inácio Lula da Silva e Rosângela Lula da Silva, a Janja.
Logo em seguida ao rito de passagem, um portal de notícia entrevistou o senador Moro e ele se declarou não se sentir confortável com as respostas dadas pelo já ministro do STF. Pelas mesmas razões, ou seja, pelas perguntas formuladas, igualmente, não nos sentimos confortáveis com a arguição do senador Sérgio Moro. Esperávamos algo mais.
Outros senadores da bancada de senadores presentes formularem questões, ao nosso juízo, bem mais interessantes, envolvendo temas sobre como irá se dá sua relação com o conflito evidente entre as áreas de interesse, competência e atuação dos Três Poderes da República que, não raro, estão entrando em rotas de colisão com uma frequência indeseável no escopo de um regime democrático. Outra inquietação diz respeito ao nosso ordenamento jurídico, vilependiado nos últimos anos, onde requisitos primários estão sendo desrespeitados, como a presunção de inocência, o contraditário e o devido processo legal. Reputaçães estão sendo atiradas na lata de lixo, apenas através do expediente nefasto das fake news.
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