pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Ediorial: Democracia e pão, os pilares do futuro Governo Lula.
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Ediorial: Democracia e pão, os pilares do futuro Governo Lula.



Desde de 2013 que o país entrou numa expiral autoritária sem precedentes, tornando a nossa experiência democrática a mais ameaçado do mundo. A eleição recente de Luiz Inácio Lula da Silva, constituiu-se, e isso é consensual, numa inflexão nesse processo que poderia nos conduzir a um modelo de democracia iliberal, cujo organograma institucional mais próximo seria o da Hungria, de Victor Órban. Uma professora, em palestra organizada pelo jornal Folha de São Paulo, cunhou uma expressão muito feliz para o nosso futuro: passaríamos por um processo de hungrialização, caso essas forças fossem mantidas no poder. 

E eles ainda possuem o desplante de afirmar que o golpe nunca chegou a ser cogitado. Claro que foi. O golpe, inclusive, estava sendo engendrado nos moldes da supressão do miolo da democracia, que estava sendo comida, aos poucos, por dentro. A restituição dos valores democráticos perdidos vai exigir um grande esforço de reconciliação ou reconstrução nacional. O objetivo maior, neste momento, é isolar as forças da extrama-direita, os algozes do regime democrático. 

É neste sentido que o presidente Lula vem consturando alianças com setores conservadores, mas unidos em torno do projeto de reconstrução do nosso tecido democrático, o mais importante neste momento. Felizmente, até os petistas mais radicais parecem ter entendidos isso. Estão menos barulhentos. A outra prioridade, neste momento, é levar o pão para mesa dos 33 milhões de brasileiros e brasileiras que estão na condição de insegurança alimentar. Passando fome seria o termo mais apropriado. 

Toda a preocupação do Gabinete de Transição em negociar alternativas ao orçamento esta relacionada a esta questão. A confusão com o orçamento é generalizada. Existe dinheiro, o governo arrecada como nunca, mas as contas não batem. Neste finalzinho de exercício, está faltando dinheiro para quase tudo, os recursos estão bloquedos, conforme mostramos ontem por aqui. Somente para a nossa UFPE deixou de ser repassado 31 milhões de reais, comprometendo o pagamento de 6 mil bolsas de mestrado e doutorado. Uma situação caótica, nas palavras do próprio reitor.    

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