Diante de tantas controvérsias em torno do assunto, ninguém, com o mínimo de bom-senso, se arriscaria a fazer um prognóstico sobre os nomes que ocuparão os ministérios do futuro Governo Lula. Em princípio, serão 34 ministérios, divididos em sua base de apoio histórica, os nomes de sua cota pessoal e os nomes reservados aos seus "novos" aliados, fruto das negociações com o parlamento, visando preservar as condições mínimas de governabilidade. A fiel escudeira, Gleisi Hoffmann, pelo andar da carruagem política, poderá mesmo permanecer cuidando das tarefas partidárias, onde seria mais importante neste momento. Caiu na bolsa de apostas ministeriais, pois estava cotadíssima para assumir a Casa Civil, que poderá ser entregue ao baiano Rui Costa, que entra na cota pessoal de Lula.
Ainda pelo andar da carruagem política, certos mesmo são os nomes de Fernando Haddad, para a pasta da Economia - o que sugere que Lula pretende prepará-lo para as eleições de 2026 - e o ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, que deverá ocupar a pasta da Justiça ou Segurança Pública - já que existe um projeto de desmembrar essas duas pastas - cacificando-se para o seu grande objetivo, que seria uma indicação para o STF, coroando sua carreira jurídica.
Num momento em que as Forças Armadas estavam pacificadas, o Ministério da Defesa não tinha tanta importância assim. Hoje, diante da crise institucional instaurada, tal ministério assume uma relevância singular. Lula faz gestões pessoais para que o ex-ministro do TCU, o pernambucano José Múcio Monteiro, assuma tal ministério, com delegações bem específicas neste momento de crise. Para o Meio-Ambiente, que este editor considerava favas contadas, surgem outros postulantes ao cargo, além de Marina Silva. Randolfe Rodrigues, uma peça-chave na campanha do petista, cresceu na bolsa de apostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário