Depois de muitas idas e vindas, finalmente, o presidente Lula e a ex-senadora Simone Tebet chegaram a um acordo sobre a sua participação no futuro governo. Simone Tebet assumirá o Ministério do Planejamento, embora desfalcado dos bancos estatais, o que não deixa de ser um problema. Isso signigifca dizer que, no organograma traçado pelo novo governo, os bancos estatais deverão ficar subordinados a outro ministério. Não sei se seria melhor opção para Tebet, que alimenta projetos presedenciasi de para as eleições de 2026.
Ela desejava um minitério de ponta, com ações efetivas junto à população. Um ministério de "visibilidade' e não um ministério "burocrático".De alguma forma, o partido da senadora, o MDB, poderia ficar satisfeito com a indicação, pois ainda não havia sido contemporizado no governo, mas o jogo é bastante intrincado. A ex-senadora tem várias arestas no conjunto da federação emedebista. As velhas oligarquias regionais da legenda nunca engoliram a senadora.
Há outros nomes da legenda na lista de espera e, agora, o xadrez torna-se ainda mais complexo. Desde o início da última campanha presidencial essas oligarquias regionais - principalmente aqui do Nordeste - sempre emprestaram apoio ao projeto presidencial do petista. Embora o Planejamento seja um ministério do agrado desse grupo, a pessoa escolhida não tem afinidade com este grupo. Com uma base de sustentação política fragilizada, Lula não pode negligenciar esse apoio. De alguma forma, eles cavarão o seu naco nessa divisão de espaço.
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