pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Saiu a "conta" da governabilidade.
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sábado, 3 de dezembro de 2022

Editorial: Saiu a "conta" da governabilidade.



Talvez este editor não seja mesmo afeito às contas, mas salta aos olhos o preço altíssimo a ser pago pelo futuro Governo Lula, no sentido de assegurar as mínimas condições de governabilidade. Isso no aspecto econômico - propriamente dito - e, sobretudo, no tocante ao meio de campo político. Sempre muito hábil, o próprio Lula começa a moldar a sua narrativa discursiva diante das contingências impostas por essa tal governabilidade. Crítico ferrenho de Arthur Lyra - Presidente da Câmara dos Deputados - passou a ter nele um "aliado", apoiando sua reeleição, mesmo contrariando companheiros históricos de sua base aliada, a exemplo do alagoano Renan Calheiros(MDB-AL), adversário do grupo político liderado por Lyra naquele Estado. Renan, momentaneamente acompanha as tratativas de Lula, mas Lyra deverá mesmo parmanecer atravessado em sua garganta, dado o quadro de animosidades entre ambos.  

Mesmo amuado, Renan deixará de ser um obstáculo que impedia o MDB de apoiar a reeleição do desafeto. Com Lyra fica mantida a excrescência do orçamento secreto, um expediente nefasto, que depõe contra as boas regras do serviço público e da própria democracia, que exige um mínimo de transparência dos seus atos. Do ponto de vista do custo político, o governo já começa a ser fatiado em seu primeiro e segundo escalões, com ministérios e estatais divididos entre os novos aliados. Para os petistas mais radciais, informamos que sempre foi assim, dada as circunstâncias de nossa conjuntura política, traduzida pomposo nome de presidencialismo de coalizão.

O apetite dessa gente é voraz e a tenndência é que eles avancem ainda mais em suas reivindicações, abocanhando mais nacos de poder e polpudas verbas. De preferência, através do famigerado orçamento secreto.  Do contrário, eles aplicam um torniquete político no Executivo, inviabilizando o Governo, podendo culminar com um processo de impeachment, como ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff. Se não existe uma motivação concreta, como no caso dela, eles "inventam". No caso de Dilma Rousseff, "impeachment" aqui é usado como eufemismo para golpe parlamentar ou institucional. No primeio Governo Lula, já atuando dentro desse escopo político possível, não era incomum encontrar, na direção de órgãos federais, figuras emblemáticas do ancien régime, mantidas em seus cargos de direção. Vão se acostumando. Faz parte do jogo.    

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