Comenta-se, nos escaninhos da política, que o nome da governadora do Ceará, Izolda Cela, para assumir a pasta do MEC, estaria sofrendo resistência de alguns setores do PT, que argumentam que ela é uma nova convertida à legenda; é casada com um dirigente de uma entidade fundacional privada ligada à área de educação; e sua especialização estaria focada na educação fundamental. Como se sabe, em tese, Izolda Cela seria o nome da preferência de Lula para assumir aquele minitério. Lula, se quiser, a indica e estaríamos conversados. É o morubixaba petista quem bate o martelo po último mesmo.
Mas, enfim, convém expor que os motivos alegados não se sustentam. Possivelmente, as razões seriam de outra natureza. Deve haver gente mais cacificada na legenda desejando ocupar o cargo. Voltemos aos argumentos. O fato de ela ter se tornada uma petista apenas mais recentemente não significa nada, pois sua trajetória política sempre foi no campo das forças progressistas. Não faz muito tempo, Izolda era uma aliada do ex-governador Ciro Gomes(PDT-CE), que mantinha uma aliança política perfeitamnte azeitada com o PT no Estado do Ceará, responsável por 16 anos de poder.
Salvo melhor juízo, Izolda, apesar de formalmente ligada ao PTD, nunca esteve fora da aliança ou do conjunto de forças políticas integrados pelo PT. É preciso considerar essa trajetória política da governadora. Quanto à sua área de atuação mais específica ser a educação infantil, isso se reolveria com a divisão daquela pasta - como já discutimos aqui - ou com a indicação de assessores com competência comprovada no ensino superior. Curioso que Fernando Haddad já declarou que economia não seria bem a sua praia, mas é um nome certíssimo para ocupar o Ministério da Fazenda.
Apenas a Faria Lima questionou este fato e por razões outras. Haddad irá buscar nomes com competência na área para auxiliá-lo. Sobre o terceiro argumento, o fato dela ser casada com alguém que atua na área da educação privada, faz muito tempo que isso deixou de ser um problema para o PT. Para chegar lá, foram amplas as negociaões com a própria Faria Lima, assim como o Centrão, do senhor Arthur Lyra. Não vamos aqui entrar nos detalhes para não chocar os leitores e leitoras, mas hoje, quando o ministro Gilmar Mendes decidiu que o Bolsa Família esta fora do teto de gastos, especulou-se que isso estava sendo usado como chantagem contra o futuro governo.
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