Como não temos muito familiaridades com bombas, vamos deixar para os peritos essa missão. Mas, de fato, a reconstituição dessas pastas, em parâmetros minimamente republicanos, despolitizando-as e desaparelhando-as, será uma obra de engenharia institucional das mais complexas, embora fundamentalmente urgente e necessária. Quanto mais o Gabinete de Transição avança no diagnóstico da situação, mas cresce a percepção sobre o estrago produzido. É urgente da tomada de posse - como diriam os evangélicos - para evitar efeitos colaterais maiores. No estamento militar, por exemplo, numa atitude sem precedentes na história republicana recente, sugere-se que os comandantes militares estariam dispostos a entregarem seus cargos antes do início do exercício do futuro Governo Lula.
Permitir um vácuo de poder num momento como este poderia trazer consequêncicas extremamente desagradáveis e indesejáveis. Daí a antecipação do nome do pernambucano José Múcio Monteiro para assumir, de imediato, a pasta da Defesa. Antes mesmo de ser indicado oficialmente, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União já estaria trabalhando nas coxias, com o propósito de serenar os ânimos, escolhendo seus auliares no comando das três armas. O nome do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, foi muito bem recebido por setores da Polícia Federal, mas se sabe dos padrões de interferência do Executido nas forças policiais. Um amplo processo de desbolsonarização é a palavra de ordem neste momento. Vamos torcer que os nomes escolhidos tenham a perícia e a habilidade politica necessárias para desarmar essas bombas.
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