pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Paulo Câmara talvez volte mesmo a cuidar das "finanças".
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Editorial: Paulo Câmara talvez volte mesmo a cuidar das "finanças".



Antes de entrar na seara política, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara(PSB-PE), era um técnico especializado em finanças, homem forte, da estrita confiança do ex-governador Eduardo Campos. Mesmo emparedado pelo seu grupo político, o ex-governador Eduardo Campos o escolheu como seu sucessor, tornando-o governador do Estado. Os acontecimentos acabaram atropelando o próprio Paulo Câmara, surpreendido com a morte prematura do seu tutor político, que o orientaria na difícil missão de gerir a máquina e se conduzir no ambiente movediço da política, repleto de tessituras, armadilhas e ardis. 

Ambos técnicos escolhidos a dedo pelo ex-governador Eduardo Campos, logo Paulo Câmara estabeleceria uma parceria com o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio(PSB-PE), segundo comenta-se nos escaninhos da política, um dos grandes responsáveis por sua recondução ao Palácio do Campo das Princesas, cumprindo o seu segundo mandato. Mais recentemente, durante o tumultuado processo de escolha do candidato que concorreria ao Governo do Estado pelo PSB, nas eleições estaduais deste ano, a relação entre ambos ficaram bastante estremecidas, pois Geraldo Júlio seria o candidato "natural' dos socialistas.  

Aliás, essas eleições é um dos pontos nevrálgicos do processo de esfacelamento dos padrões de relações pessoais entre os socialistas. Eles estão sensivelmente divididos. Agora mesmo, por ocasião da composição e das sinalizações emitidas pelo Grupo de Transição do Governo Lula no sentido das prováveis indicações de ocupação de cargos na máquina, há socalistas tupiniquins apoiando nomes do Sudeste, ao invés de nomes locais, apenas para "isolar" os desafetos aqui na província. 

São nesses momentos que a gente percebe o que é mais valorizado, se os interesses pessoais ou de grupo, ou os interesses do Estado. Li agora na coluna do jornalista Cláudio Humberto que a "cota" do PSB talvez se resuma ao nome do senador Flávio Dino(PSB-MA), ex-governador do Maranhão, que deve ocupar o Ministério da Justiça, credenciando-se para uma indicação posterior ao STF. Curioso que, a princípio, Flávio Dino entraria na cota pessoa de Lula. Os dois outros nomes em disputa nas hostes socialistas seriam o de Márcio França e Paulo Câmara. Em tais circunstâncias, cogita-se que Paulo Câmara possa assumir algum cargo numa estatal, possivelmente na área de finanças, que ele entende tão bem. O governador entregará a máquina estadual à sua sucessora, Raquel Lyra, do PSDB, no estrito limite da responsabilidade fiscal, com as finanças completamente em ordem, com dinheiro em caixa para investimentos.  

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