pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Chegou a conta do Centrão.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Editorial: Chegou a conta do Centrão.



Alguém já disse que, enquanto o futuro Governo Lula se mantiver refém desse famigerado orçamento secreto, teremos graves problemas pela frente. Os beneficiários dessa excrescência, por sua vez, já afirmaram que abrem mão de tudo, menos de manter essa aberração, que depõe contra os mais basilares princípios republicanos. Por enquanto, as coisas seguirão neste diapasão, sob pena de prejudicarmos as condições mínimas de governabilidade neste início de governo. Existem alguns ministérios que o PT não gostaria de entregar a pessoas que não fossem organicamente ligadas ao partido. Faz sentido. 

A medida é racional, uma vez que a legenda pretende imprimir sua nova marca de governo junto à população e, manter ministérios estratégicos sob o seu controle, faz parte dessa estratégia, pois é dessas pastas que saem a marca da identidade das políticas públicas de uma gestão. Fazenda,Saúde, Educação, Justiça, Casa Civil estão entre esses ministérios. Já se sabia que as negociações estabelecidoas com o atual presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Arthur Lira, teria suas implicações acerca de cessão de espaço na máquina e liberação de emendas. O Centrão não se move por outras motivações. 

Lira terá sua recondução ao cargo assegurada pela voto do PT e de seus principais aliados - numa composição inusitada, embora perfeitamente previsível no jogo pesado da política - mas a conta ainda não fecha, uma vez que, em razão da emenda orçamentária que o PT desaja aprovar, fundamentalmente importante para se respirar nesse início de governo - e permitir o pagamento do Bolsa família a milhões de brasileiros e brasileiras que estão em situação de insegurança alimentar - Lira faz algumas exigências. Se tem negociação, tem cargos e liberação de emendas. Assim, hoje os jornais estão divulgando a notícia que o Presidente da Câmara dos Deputados está oferencendo 150 votos para a aprovação da emenda, mas deseja o Ministério da Saúde, aquele que o PT deseja manter entre os seus.  

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