Ontem foi anunciado o nome do senador Wellington Dias, do Piauí, para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social. A nomeação, sob alguns aspectos, é perfeitamente compreensível. Wellington Dias, embora discreto, foi um dos nomes mais estratégicos na campanha presidencial que reconduziu Lula, mais uma vez, à Presidência da República. Por outro lado, a pasta de Desenvolvimento Social seria uma daquelas pastas de cota exclusiva do PT, sobretudo porque a mesmo encampa a galinha dos olhos de ouro do partido: o programa Bolsa Família, que, certamente, será de fundamental importância no processo sucessório das eleições presidenciais de 2026, quando o partido deverá apresentar um nome para suceder Lula no Palácio do Planalto.
Com tal desfecho, amplia-se o impasse com a ex-senadora Simone Tebet, que sempre bateu o pé, informando que não aceitaria outra pasta no futuro Governo Lula. Advogamos aqui o nosso profundo respeito pela senadora, que conduz sua vida pública dentro dos mais nobres princípios republicanos. Prestou excelente serviços ao país no exercício do seu mandato, prrincipalmente durante os trabalhos da CPI da Covid. Na campanha de Lula, quando entrou num momento crucial, foi uma guerreira incansável e merece seu lugar no governo.
Comenta-se que ela teria projetos presidenciais para 2026 - o que seria perfeitamente compreensível - o problema é que as eleições de 2026, dentro da agenda das articulações políticas, já começaram. As projeções indicam, por exemplo, que Lula já estaria preparando o pupilo Fernando Haddad para sucedê-lo. Sua indicação para o Ministério da Fazenda seria um indício concreto de tal projeto. A rigor é uma pasta que ele não gosta, assim como poderia dar uma excelente contribuição ao governo em áreas de sua preferência, como Educação, por exemplo, já decidida que ficará com o senador Camilo Santana.
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