Não nos recordamos em que circunstâncias, mas, ali pelo finalzinho da campanha do segundo turno, o futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, andou declarando que não seria um bolsonarista raiz. Ao longo da campanha, a relação entre ele e o presidente Bolsonaro teve altos e baixos. Mas, como São Paulo é um colégio eleitoral dos mais estratégicos do país, em nome do pragmatismo político, eles acabariam se entendendo.
Ao final do primeiro turno, Tarcísio obteve, de imediato, o apoio "incondicional" dos tucanos e, posteriormente, de Gilberto Kassab, do PSD, que está se tornando um dos nomes mais importantes na montagem de sua equipe de trabalho. Uma espécie de supersecretário. Aliás, ao anunciar alguns nomes para compor a sua equipe - que deverá gerir o destino do Estado pelos próximos quatro anos - Tarcísio de Freitas não consegue ocultar o seu sotaque bolsonarista.
Extinguiu ou rebaixou o status da secretaria que cuida de pessoas com deficiência física; nomeou uma antifeminista para coordenar a Secretaria das Mulheres; um ex-comandante da Rota para a Secretaira de Segurança Pública. A vereadora Soraya Fernandes é uma bolsonarista raiz, evangélica, com fortes ligações com a família Bolsonaro. Já fez declarações esdrúxulas sobre a luta das mulheres, deixando claro seu perfil "damarista". Um retrocesso dos diabos, numa vitrine como o Estado de São Paulo. Pela temperatua das redes sociais, há uma forte reação do público a essas medidas, todas convergentes com um alinhamento ao bolsonarismo.
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