pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Ala ligada a Boulos vence a disputa interna e o PSOL irá integrar base de apoio de Lula.
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sábado, 17 de dezembro de 2022

Editorial: Ala ligada a Boulos vence a disputa interna e o PSOL irá integrar base de apoio de Lula.



O PSOL ainda se encontra naquela fase da bacia semântica onde ainda é possível preservar os princípios. Na medida em que se ampliam as chances de poder, essa condição vai diminuindo gradativamente, pelas contingências impostas pela realpolitik. Como é do conhecimento de todos,o PT de hoje não é mais aquele partido dos anos 80 do século passado, que queria mudar o mundo. Hoje soa até esdrúxulo alguém afirmar que o PT abraça teses comunistas e que poderia transformar o país numa Cuba ou numa Venezuela. O partido está mais liberal do que nunca, embora preserve as suas preocupações e sensibilidade para com as questões sociais. O imbróglio criado em relação ao orçamento, visa, prioritariamente atender aos seus compromissos de campanha com os mais humildes.   

Na final da disputa interna - que decidiu o destino sobre a posição do partido em relação ao Governo Lula - a ala liderada pelo Deputado Federal Guilherme Boulos venceu a disputa e o partido irá integrar a base de apoio do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Salvo melhor juízo, o partido votou contra o famigerado orçamento secreto - no que não merece nenhuma crítica, pois esse expediente, de fato, é uma vergonha - mas deve acompanhar o governo nas próximas votações, como convém a um grêmio partidário que integra a base governista. 

O partido orgulha-se em afirmar que nenhum cargo no governo teria entrado nessas negociações, mas é quase certo um acordo que favoreça o partido neste sentido. Boulos participa do Gabinete de Transição numa área de atuação efetiva do partido, as cidades. Não é improvável que ele possa vir a ocupar essa pasta, embora suas eventuais pretenções de disputar a Prefeitura da Cidade de São Paulo,nas próximas eleições municipais, contribuam para outros arranjos. Publicamente já circulam informações de que ele não irá ocupar esse ministério.  

Arranjos que, aliás, envolvem, inclusive, o ex-governador Márcio França, do PSB, que também atua no reduto político paulista e poderia ocupar tal pasta, consoante as definições dos acertos para as eleições de 2024. Não queremos aqui antecipar os acontecimentos, mas o Ministério de Ciência e Tecnologia parace ser a sina dos socialistas, desde a época do ex-governador Eduardo Campos. Neste aspecto, o curioso é que os socialistas pernambucanos trabalham em favor de uma indicação de Márcio França para ocupar um espaço no Governo Lula - em detrimento da nomeação de um ator político socialista do Estado - apenas para facilitar a vida da Deputada Federal Tabata Amaral, que sonha em governar a maior metrópole do país. 

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