Não tenhamos dúvidas de que os primeiros meses do Governo Lula ficará conhecido como o "Governo do Revogaço", em razão da necessidade de revogar ou fazer alterações nas legislação "permissiva" do último governo. Somente na área de meio-ambiente, tal revogaço está estimado em 140 decretos, leis e coisas e tais. Na área da Justiça - e talvez segurança pública - outros tantos, sempre com o objetivo de reintroduzir uma cultura de paz, desarmando o país. Por outro lado, num comportamento nada republicano, os escaninhos da política nos informam que o atual presidente estaria recebendo recomendações dos assessores para criar embaraços para o futuro governo, gerando prejuízos de arrecadação, por exemplo.
Não seria de bom alvitre tais atitudes, mas não se poderia esperar muito coisa do ancien régime. Já escrevemos por aqui como deveria ser organizada essa oposição ao futuro governo Lula, dentro das regras do jogo, atuando nas quatro linhas, de forma propositiva e crítica, contribuindo, na realidade, para fiscalizar e melhorar a gestão. Este seria o cenário desejável, mas, pelo andar da carruagem política, igualmente impossível.
Não temos nada contra o senhor Rogério Marinho, democraticamente eleito senador pelo Rio Grande do Norte, que já lançou sua candidatura às próximas eleições para a Presidência do Senado Federal. Não ficamos felizes, por outro lado, em relação ao engendramento de uma manobra que estaria por trás de tal candidatura, que teria como objetivo acatar os pedidos de impeachment de membros do Poder Judiciário. Perdão, mas o propósito é ardiloso e descabido, uma vez que os membros do Poder Judiciário tem cumprido, unicamente, seus deveres constitucionais.
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