A Torre de Babel é um desses mitos bíblicos, narrando no livro de Gêneses. Teria sido erguida pelos descendentes de Noé, e tratava-se de uma imensa torre, que tinha como objetivo estabelecer uma comunicação com Deus. O todo-poderoso não gostou da ideia e, em razão da soberba dos homens, criou a confusão necessária para o desmoronamento do projeto. Ninguém conseguiu entender, até o momento, as razões pelas quais o Gabinete de Transição de Lula assumiu essa conformação. Como observa o jornalista e articulista da revista Veja, José Casado, é uma equipe imensa, formado por mais de 900 pessoas, hoje impossibilitados de serem acomodados, no espaço físico previsto para esta finalidade, em Brasília. São 904 pessoas, uma população maior do que uma cidade localizada no centro-oeste de Minas Gerais, Serra da Saudade.
Mas, o problema não é só esse. Na realidade, ninguém se entende por ali. Lula procura manter distância da miudeza e o coordenador da equipe, Geraldo Alckmin, emite indícios de ter perdido o controle da situação, posto que incapaz de administrar o ego de alguns grupos de trabalho. Comenta-se até, que já tem gente falando em língua estrangeira, para não se fazer entendido por alguns companheiros indesejáveis. A experiênfia mostra que o desfecho não poderia ser outro, apesar das supostas boas intenções de democrtizar amplamente essa discussão.
Na prática, não funciona. Acaba por não levar a lugar algum. Isso nos fez lembrar de um episódio ocorrido aqui no Recife, quando um jovem diretor de uma instituição museológica, destinada a preservar acervo relativo ao período da abolição da escravatura no país - diante do desafio de reestruturar tal exposição - resolveu abrir um amplo debate com os grupos representivos do movimeno negro. Logo ele descobriria que o movimento negro não tem nada de tão unificado assim e as discussões assumiriam uma proporção que fugia ao controle de uma sistemaização e um consenso desejáveis.
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