pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Esquadrinhando o ministério do futuro governo Lula.
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Editorial: Esquadrinhando o ministério do futuro governo Lula.


O próprio Lula declarou recentemente que a formação do ministério tem sido uma tarefa mais complexa e trabalhosa do que a campanha eleitoral. Deve ter lá suas razões para fazer tais afirmações. Não é facil acomodar tantos interesses pessoais e de grupo em jogo; administrar egos inflados; proceder os ajustes na máquina para atender às demandas dos aliados novos e antigos. E ainda existe a composição de gênero e cor que, se não contemplada, pode produzir inúmeros ruídos, como o da precipitação de uma conhecida jornalista - quando ele ainda havia anunciado apenas seis nomes - de que haviam apenas homens na formação do ministério. 

Mesmo criando uma penca de ministérios, e deixando apenas os partidos oposicionistas mais radicais de fora - caso do PL e PP - não  pode-se dizer que a obra de engenharia política montada agradou a todo mundo. Ainda no dia de ontem, durante as negociações com o União Brasil, isso ficou evidente, quando a indicação de um parlamentar baiano da legenda foi vetada pelo PT daquele Estado. Entre os formadores de opinião a conclusao é a de que o núcleo duro do ministério é essencialmente petista, o que significa dizer que a tal frente ampla não passou de retórica de campanha.  

De fato, sim. O núcleo duro de poder está nas mãos do partido  ou de atores políticos da estrita confiança do morubixaba petista, como os ministérios da Casa Civil, Desenvolvimento Social, Relações Institucionais, Justiça, Fazenda e a liderança de partido no Senado Federal, uma missão que o baiano Jaques Wagner qualificou como uma das tarefas mais estratégicas da futura gestão. Por outro lado, para não dizer que há apenas críticas à formação do ministério por parte dos formadores de opinião, alguns nomes foram bastante festejados, como o do professor e pesquisador Sílvio Almeida, para a pasta dos Direitos Humanos; Camilo Santana para o Ministério da Educação - que levou com ele, na condição de secretária-executiva da pasta, Izolda Cela -; Anielle Franco, ativista e irmão da Marielle Franco, para a pasta da Igualdade Racial; A indígena Sônia Guajajara para Povos Indígenas; Nísia Trindade para a pasta da Saúde, com a difícil missão reerguer o SUS, bastante atingido pelo último governo. São nomes que, se colocarem o currículo em prática, podem produzir bons resultados de gestão para a administração pública do país. Estamos bastante otimista.     

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