Editorial: A avaliação do Governo Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma boa notícia no dia de ontem. Pesquisa realizada pelo Instituto Quaest Genial aponta uma melhora sensível nos índices de avaliação do seu governo: 60% de bom e ótimo. Talvez um dos indicadores mais interessantes dessa pesquisa seja o fato de o presidente Lula começar a penetrar em redutos tradicionalmente hegemonizados pelo bolsonarismo, ou seja, nichos evangélicos, regiões como a região Sul e entre os eleitores de melhor poder aquisitivo. Possivelmente aquele bolsonarismo menos infenso ao radicalismo. Os radicais continuarão com o capitão, mesmo depois de sua condição de inelegível. E até mesmo se ele vier a ser preso, no curso das investigações da Polícia Federal. 

Difícil fazer algum prognóstico mais preciso sobre o assunto, mas, no dia de ontem, um conhecido blogueiro assegurou que seria apenas uma questão de horas para a prisão do ex-presidente ser decretada. A nova tese dos advogados do ex-ajudante de ordens vai no sentido de informar que ele apenas cumpria ordens. Tal narrativa converge com uma preocupação já manifestada pelo seu pai, sugerindo que o filho estaria sendo penalizado sozinho nesse processo. 

HOje, 17, a CPMI dos Atos Antidemocráticos ouve o hacker Walter Delgatti, que teria declarado à Polícia Federal ter invadido alguns sites, irregularmente, a pedido de uma deputada, tendo sido remunerado pelo trabalho. O ministro Edson Fachin, do STF, concedeu habeas corpus ao senhor Walter Delgatti para ele se manter em silêncio quando indagado sobre questões que poderiam comprometê-lo. Alguns depoentes ja fizeram tais pedidos, mas falaram no momento da audiência. Esperamos que este seja o caso do hacker.