Milhares de Margaridas chegaram à capital federal e estão, neste momento, ouvindo das autoridades do Governo e do próprio Lula o anúncio de uma série de medidas concernentes às políticas fundiárias. Lula já deve ter sido informado que a sua popularidade está em ascenção, atingindo até redutos tradicionalmente identificados com o bolsonarismo, como é o caso de eleitores ricos, evangélicos e de regiões como o sul do país. Sua empolgação pode ser reflexo desse empurrãozinho. Sempre ajuda bastante. Em sua fala, não poupou "elogios" aos adversários.
No dia de ontem, em audiência na CPI do MST, ao ser indagado sobre as atividades do grupo, o seu líder, João Pedro Stédile, vaticinou que uma das maneiras de acabar com o movimento, conforme desejam os parlamentares de oposição, seria fazer a reforma agrária no país. Simples assim. Segundo algumas estimativas, talvez nem precisasse mais desapropriar terras. Já teríamos terras suficientes. A questão é que a reforma agrária envolve muito mais do que o simples acesso à terra. A Marcha das Margaridas é uma homenagem a sindicalista Margarida Maria Alves, presidenre de Sindicato Rural de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada a mando dos latifundiários locais.
Conseguimos uma foto dela, possivelmente rara, em comício realizado em cima de um caminhão, em sua cidade, Alagoa Grande, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, certamente quando de sua primeira candidatura à Presidência da República. A identiticação do local se deu pela imagem que aparece ao fundo, ou seja, a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Boa Viagem. Alagoa Grande ficaria conhecida nacionalmente como a terra de Jackson do Pandeiro.
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