No dia de ontem, conforme já comentamos por aqui, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, compareceu a uma audiência no Senado Federal, exatamente numa comissão daquele órgão do Poder Legislativo que se debruça sobre a questão ambiental. Polida e tecnicamente bem-preparara, Marina Silva teve um excelente desempenho, mesmo quando confrontada por parlamentares ligados ao agronegócio, que tentaram indispor a ministra em relação a algumas declarações descontextualizadas do passado.
Mesmo acossada, a ministra conseguiu separar o joio do trigo, observando que o problema não é o agro, mas o ogro, ou seja, uma meia dúzia de produtores rurais que se preocupam apenas em maximizar seus lucros, sem medir as consequências em relação à preservação do espaço fisico e, muito menos, com a saúde dos consumidores. O traquejo político da ministra, por outro lado, impediu que ela caísse nas armadilhas lançadas pela oposição.
Uma questão que não poderia ficar ausente desses debates é a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. O ministério é contra, orientado por um parecer técnico emitido pelo IBAMA. Interessante nessa defesa de posicionamentos é que os componentes jurídicos e políticos, em tese, deverima se subordinarem ao parecer técnico. Por outro lado, o presidente Lula sofre inúmeras pressões para tomar uma posição política em relação a esta questão, o que significa a liberação de licenças de exploração. Há, inclusive, figuras de proa do Centrão por trás desse lobby.
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