Talvez com o propósito de evitar eventuais combinações de narrativas entre os investigados, a Polícia Federal agendou depoimentos simultâneos para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua "comitiva", no dia 31 de agosto. Por outro lado, por determinação do STF, o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, foi terminantemente proibido de estabelecer qualquer contato com Jair Bolsonaro. Como diria o personagem Chaves, o que a Polícia Federal e o STF não contavam era com a astúcia dessa gente.
Correm rumores de que eles teriam estabelecidos um pacto de silênio, ou seja, deverão permancer calados durante os depoimentos. Segundo informações dos escaninhos da política, no entanto, o que se sabe é que os telefones apreendidos já falaram por eles, ou seja, há indícios claros que deverão serem apurados, imputando-se responsabilização de irregularidades cometidas por alguns atores, independentemente do silêncio manifestado por eles durante as oitivas.
Como já alertamos anteriormente, as irregularidades com essas joias saltam aos olhos, a partir do momento e circunstâncias sobre as quais elas foram doadas pelo Governo da Arábia Saudita ao Governo Brasileiro. Para essas joias entrarem no país foi um problema; para classificá-las um outro problema, onde teria ocorrido até casos de "carteiradas" para retirá-las dos órgãos de fiscalização e controle. Depois, elas foram parar nos Estados Unidos, em voo oficial, avaliadas e vendidas em casas especializadas em leilões e depois recompradas. Um rolo dos diabos, como diria o comendador Arnaldo.
Não há como se estabelecer uma narrativa plausível em torno deste assunto. Seria muito interessante que alguém resolvesse logo falar e explicar os detalhes dessas nebulosas transações que, certamente, acarretaram prejuízos republicanos ao país. A cada dia este editor fica mais impressionado com as artimanhas montadas por essa gente. Existe a possibilidade de que um ex-presidente esteja usando a conta corrente do seu advogado para movimentar dinheiro sem levantar suspeitas.
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