Segundo avaliações da Polícia Federal, que já teria concluído a perícia nos aparelhos, eles dizem muita coisa. Uma série de conecções puderam ser estabelecidas a partir desses áudios, capazes de identificar eventuais delitos, assim como apontar a responsabilidade de cada ator nesses atos. Bolsonaristas estariam em polvorosa com a possibilidade de o advogado ter gravado algumas dessas conversas, o que poderia se constituir em algo potencialmente devastador. Segundo informaões de bastidores, o advogado não teria fornecido as senhas, mas a tecnologia permitiu aos peritos da PF realizarem seu trabalho assim mesmo. Ao todo, foram quatro celulares apreendidos.
Caso se confirmem tais gravações, elas atingiriam um grau de comprometimento bem mais amplo do que a Polícia Federal estaria, em princípio, investigando, como o rolo das joias doadas pela Governo da Arábia Saudita, assim como as eventuais tratativas em torno das urdiduras contra as instituições democráticas. É aqui que a porca torce o rabo, uma vez que tais áudios poderiam desvelar toda a engrenagem que moeu os estertores do bolsonarismo nos últimos anos. O trabalho deixou os investigadores da Polícia Federal em estado de graça, em razão da riqueza de detalhes encontrados.
O enredo é de fazer enveja aos melhores roteiristas de séries policiais. É preciso ficar bastante atento para não perder o fio da meada. Em certa medida, o bolsonarismo seguiu um script tradicional do submundo das irregularidades, mas, possivelmente, trouxe alguns fatos e procedimentos inovadores para compor tal banco de dados.
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