pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O julgamento de Moro.
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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Editorial: O julgamento de Moro.



Sempre tratamos todos por aqui com cortesia, urbanidade, dentro de um espírito democrático e republicano. Isso vale para os amigos, assim como para os desafetos ou adversários políticos. Sem distinção. Nosso jogo é no plano dos argumentos. Sempre nos pautamos pela defesa intransigente de causas ou princípios republicanos. O blog não recebe um centavo de ninguém, o que talvez seja até mesmo aconselhável, pois nos facultam uma liberdade maior para emitir nossas opiniões. Nosso compromisso é com a verdade, com a res publica, com a defesa inalienável dos pilares  e das regras do jogo democrático. 

Em vários momentos, em nossas postagens, o hoje senador Sérgio Moro(UB-PA) foi mencionado, mas sempre de forma cortez, respeitosa e republicana. Já comentamos, por exemplo, que ele cometeu vários erros de avaliação durante sua trajetória profissional. É possível até que ele concorde com este escriba. No nosso entendimento, melhor seria que ele terminasse seu trabalho como Juiz da Lava Jato, se mantivesse no Judiciário, dando suas aulas, curtindo sua família, com uma vida modesta, sem holofotes, mas com aquela paz espírito com qual todos nós sonhamos. 

Os erros de avaliação cometidos, não raro, sãos suscetíveis de nos envolver em alguns enredos, sobre os quais possamos não ter um controle absoluto. Não foi uma boa escolha abandonar sua carreira de juiz, concursado, com emprego efetivo, para ir à capital federal assumir o Ministério da Justiça, sob a perspectiva, segundo dizem, de ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Por sua experiênca como magistrado, daria para antecipar os eventuais problemas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Depois de uma trajetória confusa, onde tentou até mesmo habilitar-se como candidato à Presidência da República, eis que ele acaba, no final, concorrendo a uma vaga de senador por seu estado natal, o Paraná, onde sagra-se vitorioso, mas existem alguns questionamentos sobre eventuais equívocos cometidos durante o processo eleitoral, o que pode provocar a perda do seu mandato. Até o final de novembro o seu julgamento deve ser concluído e existe quase uma unanimidade entre os juristas de que a possibilidade de uma penalidade que implique na cassação do seu mandato torna-se bastante provável. Pela capilaridade política conquistada, ele não ficaria ao relento, mas não deixa de ser complicado perder o mandato neste momento, tornando-o ainda mais vulnerável às inevitáveis hostilidades governistas.    

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