Segundo informações divulgadas no dia de ontem, a Polícia Federal objetiva solicitar ao Supremo Tribunal Federal uma espécie de bloqueio dos valores dos PIXES enviados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Desejam realizar um pente-fino sobre as pessoas físicas que encaminharam doações ao ex-presidente usando tal expediente. De fato, os números são impressionantes. Estima-se que o presidente tenha amealhado a bagatela de mais de R$ 17 milhões de reais através da vaquinha.
A chiadeira nas hostes bolsonaristas são evidentes. O ex-presidente é apresentado como um coitadinho que está sendo perseguido, injustamente, por uma polícia política de uma ditadura instaurada no país, nos moldes da Venezuela. Essa narrativa vem assumindo contornos preocupantes nas falas dos parlamentares de oposição. Não é nosso propósito alimentar essa polêmica por aqui, posto que inútil, uma vez que a força dos argumentos são solapados pela bílis da ira ideológica.
A Polícia Federal levanta algumas suspeitas sobre essas doações. É tido como certo que o STF delibere favoravelmente sobre o pedido da Polícia Federal. Há motivos robustos para interrogações em torno do assunto. No dia ontem, em depoimento da CPMI dos Atos Antidemocráticos, um ex-assessor da presidência do Governo Jair Bolsonato enrolou-se completamente ao tentar explicar como milhões foram movimentados em suas transações bancárias. Neste caso em particular, a conta não bate. A impressão final é a de que nem ele mesmo ficou convencido sobre tais explicações. A engrenagem é de uma perversão sem tamanho com recursos público. Envolve verbas liberadas de licitações para a CODEVASF, que foram parar em madeireiras, que movimentaram milhões, mesmo com orçamentos minguados. Os estertores fedem e a PF já deve ter detectado o odor.
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