O ex-vereador Jair Barbosa Tavares, mais conhecido como Chico Bacana, e o seu irmão foram mortos em atentado ocorrido na noite de ontem, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Num passado recente, o ex-vereador, exercendo mandato, teria sido testemunha no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, de onde se conclui a associação entre o atentado de hoje e as possíveis ilações do caso como uma eventual queima de arquivo. É prematuro fazer tirar tais conclusões, mas, por outro lado, não há como convencer as hordas petistas do contrário.
Coincidentemente, o atentado ocorre pouco tempo depois dos avanços das investigações da Polícia Federal sobre o caso. Ouvido à época do assassinato da vereadora, Jair Barbosa Tavares afastou qualquer hipótese no sentido de ter alguma informação que pudesse auxiliar nas investigações da polícia. Alguém com o perfil de Chico Bacana remete a várias linhas de investigações. Segundo consta, existe a possibilidade de seu envolvimento com as milícias que atuam na zona norte do Rio de Janeiro, ampliando-se senvivelmente as possibilidades de motivações.
Como se sabe, o jogo é pesado e envolve muito dinheiro. Quando o ex-miliciano conhecido como Batoré foi morto em confronto com a policia, se descobriu que seu grupo arrecadava algo em torno de cinco milhões por mês apenas com a extorsão de motoristas de Vans que operavam em áreas sob o controle do seu grupo miliciano. No estado do Rio de Janeiro, inclusive, há um alto índice de contaminação do aparelho de Estado por esses grupos milicianos, envolvendo ex-agentes e até policiais da ativa. Adriano da Nóbrega, Ronnie Lessa e Batoré eram ex-policiais militares.
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