O caso da privatização da Eletrobras é um desses casos. Um pandemônio que envolve, segundo alguns especialistas em privatizações, irregularidades como subfaturamento dos valores de venda, privilégios desmedidos aos futuros acionistas do setor privado e coisas do gênero. O próprio Lula já esboçou uma insatisfação com o processo de privatização do sistema elétrico. Ontem o ex-candidato presidencial Ciro Gomes veio a público para manifestar sua indignação com o ocorrido, argumentando que tal privatização se constituiu num tremendo equívoco - um equívoco de dimensões gigantescas, para ser mais fiel às suas palavras - sugerindo que o Governo Lula reestatize o setor.
As explicações dadas pelo Ministro das Minas e Energia, Alexandre Vieira, não foram nada convincentes, suscitando maiores preocupações. Até a Polícia Federal e a ABIN estariam sendo acionadas com o propósito de investigar a possibilidade de sabotagem. A oposição não perdeu a oportunidade para explorar politicamente o episódio, colocando a culpa no Governo Lula, quando se sabe que tal privatização ocorreu em 2022, quando do Governo Bolsonaro. Com raras exceções, quando o Estado deseja privatizar um órgão, adota uma série de medidas para "justificar" tal privatização. Nem sempre tais medidas são de caráter republicano. Com o episódio, ganha fôlego a tese de reestatização do setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário