A prisão de toda a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal confirma a tese que estamos comentando por aqui há alguns meses: o grau de contaminção das Polícias Militares pelo bolsonarismo. Se tal medida drástica fosse estendida para todo o país, não haveriam celas para prender tanta gente. Aqui mesmo em Pernambuco, durante uma manifestação organizada por sindicalistas ligados ao PT, eles abusaram de suas prerrogativas com o objetivo de repremir os manifestantes, contrariando, inclusive, as recomendações do próprio governador à época, o senhor Paulo Câmara, hoje na Presidência do Banco do Nordeste.
Situações do gênero foram verificadas em todo país, numa demonstração evidente do comprometimento dessas corporações policiais com o bolsonarismo. Além de corrigir esse problema junto às Forças Armadas - que a cada dia se impõe como absolutamente necessário esse enfrentamento - o Governo Lula terá que concentrar suas preocupações em relação às polícias militares estaduais. Uma missão hercúlea para os ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. Há problemas históricos - como uma corporação policial que teve sua origem nos capitães do mato - até a recente esponja às pregações fascitas, violentas e violadoras dos direitos humanos atreladas ao governo anterior.
Não precisa ser um especialista em segurança pública para se verificar que ocorreram falhas clamorosas na estratégia de enfrentamento aos manifestantes do dia 08 de janeiro. A grande questão colocada era a identificação dos responsáveis por essas "falhas", que hoje já assumem um caráter de omissão ou mesmo "conivência", a julgar pela determinação do STF em decretar a prisão de alguns atores que estiveram no epicentro daqueles acontecimentos.
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