Parece-nos que a inversão de valores vai se tornando uma marca registrada da administração do governador Tárcísio de Freitas em São Paulo. Por vezes, ele tem um "surto" de antibolsonarismo mas isso é passageiro. Bastante passageiro, aliás. O governador não consegue esconder o seu DNA por muito tempo. Agora mesmo terá que explicar ao STF porque resolveu homenagear um ilustre representante da ditadura militar, denominando um viaduto com o seu nome. Tantos anos depois, ainda aparecem governantes dispostos a prestarem homenagens a esses atores que estiveram no epicentro das trevas que o país enfrentou durante o regime militar.
No dia de hoje, o noticário traz a informação de que ele demitiu o Secretário-Executivo da Agricultura e Abastecimento, Marcos Renato Bottcher, em razão de uma motivação de caráter republicano. O Secretário-Executivo da pasta entregou ao Tribunal de Contas do Estado um relatório apontando eventuais irregularidades nas licitações envolvendo a construção de estradas. A cada dia o governador se enrosca mais neste enredo nebuloso da práxis bolsonaista, caracterizada por práticas e ações desumanas, antirrepublicanos, anticivizatórias, que serve como "alimento" para as hordas de bolsonaristas país afora, como a última operação policial no Guarujá, marcada por patentes violações dos direitos humanos, conforme estão sendo demonstradas pelas perícias realizadas nas vítimas.
Os leitores e leitoras vão nos permitir uma expressão pouco comum ao linguajar desse editor, mas bem emblemática. Política é uma atividade tão escrota que o Governo Lula prevê colocar na mesa de negociações com o Republicanos a administração do Porto de Santos. Isso poderia facilitar as articulações entre a legenda e o Palácio do Planalto. Tarcísio de Freitas é contra tal aproximação da base governista, mas, por outro lado, daria tudo para privatizar o Porto de Santos. Com Márcio França sendo substituído nas pasta de Portos e Aeroportos, talvez as coisas se tornem mais simples.
Nenhum comentário:
Postar um comentário