Salvo melhor juízo, as negociações entre o Planalto e os Republicanos chegaram a um estágio irreversível. Integrantes do clã Bolsonaro já estão tratando a sigla como do campo de esquerda e, por consequência, cobrando do governador Tarcísio de Freitas o seu desligamento da legenda. As negociações com o Planalto não terão mais volta. O que pode ocorrer é a resiliência do governador em continuar na legenda, sob os argumebtos do pastor Marcos Pereira, Presidente Nacional dos Republicanos. Afinal, para sermos mais sinceros, as negociações do Planalto com integrantes do partido não necessariamente passaram pelo crivo dos seus dirigentes, como ocorreu com o parlamentar pernambucano, Sílvio Costa Filho, praticamente de malas prontas para a Esplanada dos Ministérios.
Ao lançar as bases do novo PAC, o presidente Lula assegura que está começando agora o seu terceiro mandato. Na realidade, se seguirmos o raciocínio do arguto jornalista Josias de Souza, com o ato, Lula anuncia que será candidato à reeleição, o que não seria de todo improvável. Contingenciado pelos arranjos políticos que se impõe, Lula, em última análise, acaba comprometendo o que fora prometido em praça pública, durante a campanha, pois alguns nomes já entram "bichados" no Governo.
A oposição reclama que o Governo agiu pesado para esvaziar a CPI do MST, contingenciado legendas como Progressistas, Republicanos e União Brasil a afastarem alguns membros daquela comissão. Seja lá como for, o fato é que tal comissão atingiu um nível de beligerância que não tem sido positivo para o andamento dos trabalhos. Um dos polos deseja esmagar o outro e tal procedimento esgarça os padrões de civilidade exigidos em qualquer debate público.
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