A premissa acima sugere que alguns nomes especulados para assumir a pasta com a indicação de Flávio Dino ao STF, já podem perder as suas esperanças. Um deles, inclusive, alimenta projetos eleitorais, o que o tira em definitivo da disputa pelo cargo. A tendência é que Lula escolha um nome mais discreto para a pasta, o que aumentam as possibilidades de a escolha realmente recair sobre o ex-ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski. Com a escolha, Lula reconstitui as pontes fragilizadas com o STF e, terá alguém de perfil mais burocrático no cargo, menos polêmico do que o antecessor.
E, por falar no ministro Flávio Dino, amanhã está programada a sua sabatina no STF. No escopo das manobras regimentais, a sabatina será compartilhada com o o procurador Paulo Gonet, que está sendo indicado para a PGR. Numa manobra conjunta entre o Planalto e o presidente da CCJ, o senador David Alcolumbre, a estratégia visa minimizar as zona de conflito entre o Flávio Dino e a barulhenta oposição bolsonarista, que trabalha pela sua reprovação na sabatina.
Um outro problema seria Flávio Dino perder a esportiva e responder à altura aos inquisidores bolsonaristas, o que dificultaria a sua aprovação para a Suprema Corte. Além de sua "base de apoio" o Governo conta com as suas articulações junto a alta cúpula dirigente da Instituição, como o senador David Alcolumbre, que deve usar de suas habilidades para evitar maiores embaraços ao futuro ministro do STF. Como estamos passando por um momento institucional bastante delicado, o gesto do morubixaba petista de indicar Flávio Dino - entendido por este editor como uma manobra para colocar panos mornos na relação entre Governo e Oposição - foi lido, na realidade, como uma "provocação" pelos bolsonaristas.
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