Neste momento, o atual senador da República, Sérgio Moro(UB-PR), está sendo ouvido no Tribunal Regional do Paraná(TRE-PR), sobre um processo que envolve dois pedidos de cassação do seu mandato, argumentando-se sobre irregularidades cometidas durante a campanha. Inimigos e correligionários são unânimes no pessimismo quanto ao desfecho desse processo, que pode ser o início da perda do mandato de Senador da República pelo Estado do Paraná, depois de passar por outros crivos, como o STF e o próprio Senado Federal. Não vamos remontar aqui toda uma trajetória errática seguida pelo ex-juiz da Lava-Jato, até a tomada de decisão de candidatar-se ao Senado Federal pelo Paraná.
Moro elegeu-se justamente pelo capital político acumulado durante os anos em que atuou como juiz daquela operação, assim como por suas afinidades com o bolsonarismo mais radical, de raízes fortes no estado. O Estado do Paraná, aliás, apresentou um excelente elenco de pessoas muito bem-preparadas, concorrendo ao Senado Federal. Afirmamos isso com a autoridade de quem teve a oportunidade de acompanhar os debates transmitidos pela televisão. No final, pesaram outros fatores e o eleitorado sufragou o nome do ex-juiz da Lava-Jato. Como as eventuais irregularidadess estão relacionadas com a chapa, caso o senador seja memo cassado, surge, então, uma penca de candidatos ao posto, que deverão disputar novas eleições.
Os partidos mais interessados neste desfecho são o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo candidato esteve bem no pleito, e o PT, que deseja a candidatura, de Gleisi Hoffmann, atual Presidente Nacional da legenda, para o cargo. O filho do ex-governador Roberto Requião, que hoje anda amuado com o PT, também promete entrar na disputa. Caso se confirme as previsões ruins, a situação fica bastante complicada para o ex-juiz, que perderia o foro privilegiado em outros processos que existem contra ele.
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