pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Quaquá pode se complicar.
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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Editorial: Quaquá pode se complicar.



O próprio conselho de ética do PT poderia ter tomado alguma providência em relação à atitude do parlamentar Washington Quaquá(PT-RJ), que agrediu fisicamente um colega de parlamento, durante uma visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Câmara dos Deputados, no bojo das comemorações pela aprovação da Reforma Tributária. Além da agressão física, Quaquá proferiu expressões de caráter homofóbico contra o Deputado Federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, o Deputado Federal mais votado nas últimas eleições. De um modo geral, temos observado cenas desagradáveis por ali, absolutamente incongruentes com o chamado decoro parlamentar. 

Até a Polícia Legislativa já foi acionada para retirar parlamentar do plenário durante as sessões das comissões. Mais recentemente, por muito pouco, o Deputado Federal Givan da Federal(PL-ES) não entra em embate corporal com o senador Hamilton Mourão, depois de desaprovar a sua atitude de cortesia com o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, quando do seu périplo em busca de apoio para aprovaçao na sabatina do Senado Federal. Flávio Dino, aliás, deixou de comparecer a vários convites de comissões, alegando temer, inclusive, por sua integridade física. 

O que se pode concluir é que descemos algumas degraus da escala civilizatória que deveria reger o comportamento adequado dos parlamentares durante os trabalhos do Poder Legislativo. O presidente Lula, por exemplo, foi violentamente atacado, sob o coro de "chegou o ladrão". A agressão de Quaquá será submetida ao Conselho de Ética da Câmara e já existe uma recomendação expressa do presidente Arthur Lyra(PP-AL) de que seja usado o rigor necessário em relação ao asssunto. Pelo andar da carruagem política, até para que sirva de exemplo, Washington Quaquá pode ir para o sacrifício para salvar as aparências de normalidade.

Pelo andar da carruagem política, vamos continuar neste climão pelos próximos anos, com tendência a piorar mais ainda. Ambos os lados, lulistas e bolsonaristas, equivocadamente, fazem questão de alimentar essa polarização política. Por questões estratégicas, naturalmente. Quando questionado a este respeito, o parlamentar agressor enfatiza que não se arrepende e informa que daria outras tantas tapas no representante do PL bolsonarista. O PT, talvez em razão das agressões verbais sofridas pelo morubixaba, mantém um silêncio sepulcral em torno do assunto.  

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