A pesquisa divulgada pelo Datafolha, apontando que 30% do eleitorado é lulista, enquanto 25% são bolsonaristas indicam que tal situação terá vida longa. A quadra é tão dramática, que o candidato do PT às eleições presidenciais de 2026 pode ser o próprio morubixaba petista, mesmo com a saúde já fragilizada. Por outro lado, os bolsonaristas radicais ignoram solenemente a inelegibilidade do "mito" Jair Bolsonaro. Juridicamente, seus advogados tentam uma reversão dessa condição, através de ações movidas agora junto ao STF, o que se constitui numa luta inglória, uma vez que, dificilmente a Suprema Corte reverte decisões dos pares do STE.
Com dificuldades inerentes no Governo, Lula por sua vez, sugere uma radicalização dessa polarização. A ordem sugere ser radicalizar, demonizando o bolsonarismo, algo mais ou menos nos mesmos moldes das eleições presidenciais de 2022, quando a democracia brasileira precisava ser salva. Mesma estratégia utilizada pelo candidato Sérgio Massa, na Argentina, onde já se sabe o resultado. Deu o aloprado, com motosserra e tudo. Os bolsonaristas estão na Oposição, mas o Governo Lula possui algumas responsabilidades inerentes a governantes, que não podem ser negligenciadas. Nem todo bolsonarista é, necessariamente, fascista.
A falência do modelo de presidencialismo de coalizão irá produzir grandes estragos de governabilidade daqui para a frente. O Governo Lula terá que reinventar esses padrões de relações com o Congresso em pleno voo, como aquele piloto que manobra por um arremesso, diante de uma tragédia iminente. É isso ou corre-se o risco de um impeachment, diante de um Centrão cada vez mais fortalecido e hostil.
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