A mendicância aqui trocou de mãos. Agora é o Governo que está de joelho, implorando para que as medidas do seu interesse sejam apreciadas e aprovads, como sugere o jornalista Josias de Souza. O presidencialismo de coalizão deixou de dar conta desse intrincado padão de relação entre o Executivo e o Legislativo. Está difícil assegurar qualquer padrão de governabilidade decente nesses termos.
Curiosamente, em São Paulo, o União Brasil possui três secretários no Governo de Ricardo Nunes. Embora o partido tenha um candidato que se coloca para a disputa à prefeitura nas próximas eleições, o Deputado Federal Kim Kataguiri(UB-SP), as pressões são muitas para que o partido abandone o pretendente e endosse o apoio à reeleição de Ricardo Nunes. Pode ocorrer com Kataguiri o mesmo que ocorreu com o também Deputado Federal Ricardo Salles, literalmente rifado pelo PL em suas pretensões de se tornar candidato com o apoio da legenda.
Amigo pessoal do ex-ministro do Meio Ambiente, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem dito a interlocutores que não deixará o ex-auxiliar na mão. Teria planos para ele. Como a escolha de vice também ficou sobre as bençãos do ex-presidente, pensamos até numa eventual dobradinha dos Ricardos, costura difícil, mas não impossível. Alguns sites de noticia sugerem, no entanto, que os planos do ex-presidente para o pupilo estão relacionados às eleições de 2026, quando o Estado de São Paulo terá duas vagas para o Senado Federal. O que fica claro, desde o início é que Nunes não era o nome da preferência de Bolsonaro.
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