pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: E não é que o nosso Javier Milei pode vir de Goiás!
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Editorial: E não é que o nosso Javier Milei pode vir de Goiás!



Há alguns meses, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado(União-GO), esteve presente a uma das sessões da então CPI do MST. Caiado foi convidado pela oposição justamente por pilotar um projeto bem-sucedido no estado no que concerne a evitar conflitos fundiários. Depois ficaríamos sabendo que o Estado de Goiás hoje ostenta bons índices no tocante a um problema nevrálgico para o país: o recrudescimento da violência urbana. Caiado tomou algumas medidas que contribuíram para baixar tais índices, como a melhoria das faixas salarias dos policiais, assim como a criação de um batalhões com atuação específica em zonas rurais. Vale o registro de que a avaliação de seu governo é uma das melhores do país. 

Passada a fase de diálogo amistoso com os parlamentares de oposição que compunham aquela comissão, o governador enfrentaria embates duros com parlamentares governistas, que lembraram, inclusive, a morte do ativista Chico Mendes, quando ele dirigia a UDN - União Democrática Ruralista. A sessão precisou ser interrompida. Comendo o mingau quente pelas beiradas do bolsonarismo, identificando-se com o grupo, mas assumindo posições menos radicais, o governador de Goiás, surge no retrovisor das eleições presidencais de 2026, quiçá, como representante de uma direita menos extremista. 

Conforme afirmamos em outros momentos, os bolsonaristas radicais se comportam como se não houvesse um substituto para o capitão. O bordão das ruas é o "Volta, Bolsonaro", repetido à exaustão, sempre que o capitão participa dessas mobilizações. Difícil saber como vamos nos arranjar institucionalmente, uma vez que o capitão está inelegível. Durante a posse do presidente argentino, Javier Milei, ele não perdeu a pose. Tentou sair na foto com os Chefes de Estado presentes à cerimônia. Precisou ser retirado.

Mesmo sabendo-se dos seus eventuais projetos políticos nacionais, o governador Ronaldo Caiado mantém a sua discrição. Faz costuras de bastidores, evitando os holofotes. Difícil dizer se ele chegará na frente nesta verdadeira corrida de obstáculos para se posicionar como herdeiro legítimo do bolsonarismo. De todos os quadrantes do país, há outros candidatos ao trono deixado por Jair Bolsonaro, desejosos de sua benção. O mingau é quente e, como Caiado tem experiência de campo, sabe que pode se queimar se tentar comê-lo pelo centro.  

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