pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O pragmatismo político do União Brasil.
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segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Editorial: O pragmatismo político do União Brasil.



Um jornal paulista publicou uma matéria sobre as sondagens internas que estão ocorrendo no União Brasil em torno de um eventual apoio político do partido nas eleições presidenciais de 2026. É no mínimo inusitada a conclusão a que o partido chegou, mesmo tendo três ministério no Governo Lula: Turismo, Integração e Comunicação. Sugere-se que os caciques da legenda já conluíram que não deverão apoiar um nome indicado pelo Planalto, que poderia, em última análise, ser o próprio Lula. Estão de namorico com os governadores Tarcísio de Freitas ou Ronaldo Caiado, que come o mingau quente de Goiás pelas beiradas, para não se queimar até lá. 

Ronaldo Caiado agrega o bolsonarismo radical em suas porteiras, mas faz questão de não se apresentar com tal perfil, sabendo que poderia vir a ser demonizado durante a campanha. O PT, incluive, já deu o start da estratégia que será utilizada na próxima campanha: o medo da destruição de nossas instituições democráticas caso o bolsonarismo volte ao poder. Mais ou menos o que já ocorreu na Argentina, quando assessores do partido colaboraram com o candidato Sérgio Massa, sem sucesso, uma vez que o aloprado passou por todo mundo, com motosserra e tudo. Pelo raciocínio do partido, as coisas funcionam assim: Caso os candidatos de nossa preferência não passem, voltamos a negociar os nacos de poder e verbas com o adversário eleito pelo PT, seja Lula ou algum outro.  

A lição que o partido passa com essa manobra marota é a de que os partidos políticos estão cada vez mais em descrédito perante o eleitorado. É como se eles pouco se lixassem para as questoes ideológicas ou programáticas, se importando, tão somente, em maximizar suas estratégias pragmáticas, ou seja, pouco importa quem seja o governante de turno sufragado nas urnas pela vontade soberana do eleitorado. Sem o menor pudor, negociarão, como agora, seja lá com quem estiver ocupando a cadeira do Palácio do Planalto. Isso sem combinar com o eleitorado. 

Que haja algumas mobilizações de sobrevivência partidária nas próximas eleições municipais, entende-se. Os movimentos dos socialistas são perfeitamente compreensíveis. Agora, o que não se entende é que, numa eleição presidencial, um partido com três ministérios deixe de apoiar o nome indicado pelo Planalto. Lula já andou antecipando que não permitirá que os ministros do seu governo apoiem candidatos às prefeituras municipais sem o sinal verde do partido. Pelo andar da carruagem política, será muito difícil cumprir essa meta.   

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