pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Gleisi Hoffmann acende a luz amarela durante encontro do PT.
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Editorial: Gleisi Hoffmann acende a luz amarela durante encontro do PT.



Em nossa época de estudante, estávmos sempre presentes aos encontros mais importantes do Partido dos Trabalhadores. Tínhamos uma coleção de teses e resoluções de fazer inveja até aos mais fiéis militantes de base. Conhecíamos o partido pelas entranhas, ou seja, nosso conhecimento não ser resumia àquilo que era produzido pela academia. Embora já não acompanhe o partido como antes, não nos causa surpresa as recomendações do morubixaba petista, sugerindo que o partido retome o diálogo com as bases, reconquiste o eleitorado evagélico. 

Ao longo dos tempos, quase como uma Lei da Oligarquização, como sugere o sociólogo alemão Robert Michels, o partido oligarquizou-se, burocratizou-se, priorizando a luta pelo voto, negligenciando as suas articulaões de base, entre os quais com grupos evangélicos, hoje um nixo eleitoral dos mais importantes. Como sugeria o cientista político italiano, Angelo Panebianco, as instituições, por mais que elas mudem ao longo dos anos, guardarão sempre algumas referências sobre como as cartas foram jogadas durante a sua fundação. 

O PT nasceu como um partido de base, organicamente vinculado aos movimentos sociais e setores progressistas da sociedade brasileira, inclusive com setores da Igreja Católica. Mas não só com setores da Igreja Católica. O PT já possuiu um núcleo evangélico só para ampliar as articulações com tal segmento. Essas referências ainda estão ali presentes, mas já não exercem o mesmo papel ou poder decisório de antes. Quem dá as cartas, hoje, são os núcleos burocráticos da legenda. 

Agora, por ocasião da última Conferência Nacional, realizada no Auditório Ulisses Guimarães, em Brasília, em sua fala, a atual presidente nacional da legenda, a Deputada Federal Gleisi Hoffmann faz uma advertência preocupante sobre os rumos do Governo Lula, sugerindo que aplicar o torniquete do austeridade econômica, neste momento, poderia prejudar a avaliação do Governo Lula junto à população, o que seria, no final, uma sentença de morte para Lula, vítima constante de um Congresso hostil. 

O que ocorreu com Dilma Rousseff poderia, igualmente, ocorrer com o morubixaba petista. Austeridade comprometendo o implemento de políticas públicas, neste momento, poderia ser classificado como um "austericídio", sugere Gleisi Hoffmann. A fala, naturalmente, não agradou ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sempre tentando colocar panos mornos sobre este assunto, nevrálgico para o Governo Lula. O mercado e setores da imprensa pressionam o Governo constantemente sobre a necessidade de conter a sangria de gastos públicos, que jé elevaram a cifra do déficit para R$ 120 bilhões. Não será fácil "tapar esse buraco" contraindo mais despesas. As contas não batem.    

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