pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Caixa-preta é caixa-preta porque é caixa-preta, Marina.
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Editorial: Caixa-preta é caixa-preta porque é caixa-preta, Marina.



Até recentemente, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante uma entrevista, fez uma fala bastante infeliz ao alegar que a expressão "buraco negro", um conceito concebido cientificamente a partir da constatação da ausência de luz, seria politicamente incorreto, no contexto de um identitarismo exarcerbado, típico de militante, que esqueceu que exerce um cargo público. Durante uma sessão na CPI das ONGs, que investiga a atuação dessas entidades na região do Amazonas, a Ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, retrucou uma fala do presidente dos trabalhos, o senador Plínio Valério, quando ele usou a a expressão caixa-preta, alegando que o termo teria um cunho ofensivo à raça negra. Plínio Valério é o mesmo senador que apresentou uma PEC propondo mandato para os ministros do Supremo Tribunal Federal, proposta que subiu à ribalta, nesses tempos bicudos de indisposições entre os Três Poderes da República. Mais um equívoco cometido por uma autoridade de Governo, que se soma ao da Ministra da Igualdade Racial. 

Fazemos aqui as ponderações necessárias em relação ao assunto, apenas para chamar a atenção dos leitores sobre os danos produzidos por esse identitarismo militante. No mais, ficamos felizes com as notícias relativas ao meio ambiente, quando o INPE constasta a redução do desmatamento na Amazonas, algo que também vem se verificando na Mata Atlântica, outro bioma ameaçado desde a época da colônia, quando as nossas matas foram dizimadas para permitir à aristocracia canavieira ampliar seus partidos de cana-de-açúcar, poluindo, igualmente, os mananciais de águas da região Nordeste, conforme alertou à época o sociólogo Gilberto Freyre. 

Infelizmente, não acompanhamos os trabalhos dessa comissão como gostaríamos. São tantas comissões funcionando simultaneamente que, não raro, precisamos fazer as nossas escolhas. Ao que se sugere, foi realizado um grande trabalho por ali. Existem algumas Ongs que realizam um trabalho merecedor de créditos pela população, fazem jus aos benefícios que recebem, mas, por outro lado, não há como negar a existência de picaretas atuando na região, com propósitos que fogem ao escopo de perfil republicano ou de interesse público. Assim como é preciso separar o ogro do agro ( outra expressão infeliz da ministra), também é preciso separar o joio do trigo. É possível que a comissão tenha aberto essa caixa-preta(ops!), conforme insinuou o senador Plínio Valério. 

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