pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Privatização da SABESP é um tremendo retrocesso.
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Editorial: Privatização da SABESP é um tremendo retrocesso.



Não nos recordamos exatamente o título, mas a plataforma de streaming Netflix possui uma série documental bastante interessante onde, entre os assuntos tratados, está a crise de abastecimento de água no mundo, assim como os interesses que orientam os grandes conglomerados que privatizam e exploram esses recursos públicos. Há exemplos preocupantes, como no Chile, onde a privatização elevou as tarifas às alturas e praticamente inviabilizou o acesso ao líquido precioso para alguns segmentos da população mais pobre. Há regiões no Chile onde a prioridade é o abastecimento das plantações de abacate, em detrimento da população local. 

Em Gana, na África, além da enorme poluição provocada pelo uso das garrafinhas, um desses grandes conglomerados abriu uma planta nova para explorar água do subsolo, numa determinada região, instalando um chafarriz, como contrapartida, só que bem afastado da população necessitada, que precisa fazer longos trajetos para adquiri-lo, além de atravessar rodovias perigosas, onde os acidentes são constantes. No caso de São Paulo vão privatizar a SABESP na base da porrada, sem argumentos, na contramão do que vem ocorrendo em todo o mundo, onde grandes países voltaram atrás no processo de privatização por endendê-lo extremamente danoso para a população. 

90% dos serviços de abastecimento de água no mundo são públicos. A SABESP é um colosso. A maior empresa de água e saneamento da América Latina, com bons serviços, equipe qualificada, tarifas compatíveis, gerando dividendos de bilhões para o Estado. Trata-se de uma insensatez e outros interesses inconfessos subjacentes. O candidato à Prefeitura Municipal de São Paulo nas próximas eleições, o Deputado Federal Guilherme Boulos(Psol-SP), mostrou, por A mais B, o que ocorreu com as tarifas de outras companhias de saneamento privatizadas. A conta não bate e penaliza a população mais humilde.

Questionado a este respeito, durante uma entrevista, o governador Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP) produziu uma resposta bastante emblemática sobre o assunto. Além de emblemática, tal resposta é pedagógica, pois sugere que a população precisa cercar-se de todos os cuidados possíveis sobre as intenções dos seus futuros dirigentes. Tarcísio observou que o assunto já teria sido discutido quando a população o escolheu para gerir os negócios de Estado, ou seja, havia escolhido um candidato privatista. Nisso ele foi sincero.  

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