Ontem, por um equívoco, já na perspectiva da cadeira que ele deverá ocupar no STF, acabamos tratando Flávio Dino como ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública. Na realidade, o termo correto seria futuro ex-ministro. O homem ainda está com a caneta na mão até o dia 13 de dezembro, quando irá submeter-se à sabatina no Senado Federal. Entendo as razões de Lula e perece-nos que o senhor Flávio Dino se sentiu muito honrado com a indicação para o STF. Afinal, trata-se do coroamento de sua carreira como juiz de direito. Já existe uma guerra aberta em setores governistas no sentido de influenciar a decisão do morubixaba sobre quem deve ser indicado para ocupar a cadeira que foi de Flávio Dino.
A engenharia sucessória está se tornando complexa e acreditamos que o feeling do petista irá indicar, mais uma vez, que ele deve pular essa fogueira, mantendo o seu projeto de reconstruir as pontes fragilizadas com os poderes Legislativo e Judiciário. Principalmente o Judiciário. Duas indicações favoráveis à Corte parece-nos que ainda não foram suficentes, havendo a possibilidade de ele indicar um ex-ministro do STF para o cargo de Ministro da Justiça. As bases se acomodariam até as eleições vindouras, onde petista lidera a corrida pela reeleição, segundo o Instituto Paraná Pesquisas.
No dia de hoje, O Ministro Flávio Dino assinou portaria cassando a aposentadoria de um ex-delegado da Polícia Federal que esteve envolvido numa eventual fraude de mais de 400 processos abertos contra fraudadores da previdência social. Os nomes eram enviados à rede, que extorquia os devedores, sob ameaça dos inquéritos em andamento, sempre em prejuízo do erário, ou seja, as dívidas não eram pagas, mas as propinas eram recebidas pela quadrilha, composta por inúmeros agentes públicos.
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