Antes da tentativa de "cancelamento" da qual foi vítima, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos produziu uma série de reflexões sobre as eleições presidencais no Brasil. Com os devidos ajustes aqui e ali, ele acertou todas, inclusive no que concerne às eventuais investidas ou ameaças autoritárias ainda existentes no contexto da instabilidade política em que o país foi mergulhado. Uma dessas tentativas de solapar as últimas eleições presidenciais estava arquitetado, segundo suspeita-se, um plano para que alguns eleitores não tivessem total e absoluta liberdade para sufragarem o voto no candidato de sua preferência, impedindo o livre trânsito desses eleitores.
Isso ocorreu aqui no Brasil, assim como nas eleições chilenas, onde a frota de transporte público foi reduzida nos redutos do candidato de centro-esquerda, Boric. Aliás, conforme já afirmamos antes, tanto o Chile quanto o Brasil têm muito que trocarem ideias sobre os planos maléficos da ultradireita, que continua ativa nesses países. O governo petista precisa ampliar esse diálogo com o Governo do Chile.
Alguém já disse que a lógica bolsonarista é a de deixar pelo caminho seus antigos auxiliares e colaboradores. As imagens mostradas, durante o Programa Fantástico sobre a relação do ex-presidente Jair Bolsonaro com o ex-militar Ailton Barros é de uma profunda amizade. Ele chega a tratá-lo como irmão. Pelo menos até este momento, não li ou ouvi nenhum pronunciamento do ex-presidente sobre a prisão do companheiro.
O ex-ministro da Justiça do seu governo, Anderson Torres, por outro lado, não anda nada bem. Não vai bem de saúde e, agora, para completar, irá responder a um inquérito adminitrativo que pode culminar com o corte de salário e eventual expulsão da corporação. Será ouvido hoje sobre os episódios suspeitos das operações da Polícia Federal no Nordeste, sobretudo no Estado da Bahia.
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