Qual será o futuro de Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, no Governo Lula? Eis aqui uma grande interrogação. Em nossa bolsa de apostas existem alguns nomes que não deverão sobreviver por longo tempo no Governo. Isso por diversos motivos, que, em tese, não vale a pena comentar antes do tempo. Depende muito da correlação de forças em jogo, assim como das metamorfoses pelas quais deverão passar o Governo Lula nos próximos meses. Ele, que no início fez um pronunciamento público em consonância com a defesa da tese de que não se poderia liberar a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas - uma vez que isso poderia produzir danos ambientais irreversíveis - logo em seguida sugere que a questão poderia ser melhor avaliada.
E, por falar em metamoforses, em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo, Marina faz duras críticas a algumas manobras congressuais no sentido de tolher algumas atribuições inerentes ao seu ministério, através de medidas provisórias. Na prática, o que afirma Marina é que estaria havendo uma espécie de implementação do Governo Bolsonaro no Governo Lula. Apesar de constituir-se numa grande vitória de articulação política do Governo, há várias críticas à aprovação do arcabouço fiscal. Inclusive o PSOL não votou com o Governo, o que levou o partido a ser massacrado pelas redes sociais. O arcabouço avança em relação às restrições impostas pelo Governo Temer, mas, por outro lado...
Ontem, um colega de trabalho sugeriu que o Governo Lula, ao admitir ex-integrantes do Governo Bolsonaro na burocracia da máquina pública estaria, na realidade, realizando um trabalho de cooptação. Eles seriam sutilmente dobrados. Este editor, particularmente, não confia em bolsonaristas arrependidos. Alguém que tem Ustra como livro de cabeceira, em nenhuma hipótese, pode merecer alguma confiança. Prefiro identificar-me com as advertências da ministra Marina Silva.
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