Acabamos de acompanhar a audiência do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no Senado Federal. Estão se tornando rotineiras essas visitas do ministro, atendendo às constantes convocações do Poder Legislativo. Em média, a cada 20 dias ele comparece a uma dessas audiências, seja na Câmara Federal, seja no Senado, sempre atendendo requerimentos da oposição. Por razões óbvias, diante do contexto de polarização e instabilidade institucional que o país atravessa, o senhor Flávio Dino tornou-se o ministro mais "convocado" do Governo Lula.
Nem mesmo o pessoal responsável pelas políticas econômicas atraiu tanto interesse da oposição. Segurança Pública é sempre uma área nevrálgica em governos com perfis autoritário e era bem isso o que estava em curso no país, antes de Lula assumir a Presidência da República. Uma outra razão é que, no exercício do cargo, Dino acaba por tomar medidas que se contrapõem frontalmente às diretrizes programáticas do ancien régime, como o revogaço da licenciosidade para aquisição de armas, a regulação das fake news, entre outras.
Sempre atencioso, solícito, prestando conta do seu trabalho à frente do ministério, o ministro tem se saído muito bem nessas audiências. Se ele não estivesse tão bem como ministro, num momento crucial, prestando um grande serviço ao país, já iríamos sugerir a Lula que o afastasse temporiamente do ministério e o escalasse na tropa de choque governista da CPMI dos atos antidemocráticos de 08 de janeiro. Seria um reforço e tanto. Pelo andar da carruagem política, ele será um dos primeiros convocados pelo grupo de oposição.
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