Nossa conclusão é a de que Lula tem muitos problemas por aqui, sendo prudente ponderar sobre essas suas viagens ao exterior, salvo em condições excepcionais. Ciro talvez tenha razão quando afirma que o Governo não estaria dimensionando corretamente o tamanho de nossa crise. Soma-se a isso uma necessidade premente de uma articulação política, em condições sensivelmente adversas, tendo que negociar até com bolsonaristas raízes, sob um ônus altíssimo a ser pago com a sua base de apoio político\ideológica. Até aqueles que antes defendiam a prisão perpetua do atual presidente, estão sendo acomodados no Governo.
Um desses grandes jornais paulistas resolveu assumir uma condição de oposição definida ao Governo, com reiterados editoriais críticos. O último deles, publicado no dia de hoje, afirma que a vingança contra os adversários tornou-se a marca do Governo Lula. E que Lula, deliberadamente, optou por essa estratégia para esconder a ausência de rumo do Governo. Há ressentimente sim, mas há um pouco de desequilíbrio aqui. Essas narrativas devem ser ralativisadas, diante das espertezas dos atores políticos. O rapaz que hoje se queixa de ter sido vítima de uma injustiça ao perder o mandato, deveria lembrar-se de suas armações para condenar pessoas sem provas; deveria refletir sobre o suicídio do reitor da UFSC, morto em razão do achincalhe ao qual foi submetido, sendo execrado publicamente, sem, sequer, ter o direito a frequentar a universidade onde fora reitor, prática recorrente desde a época de estudante. Depois, se chega à conclusão de que se tratava de uma pessoa inocente.
Como diria aquele ministro da Suprema Corte, o germe do fascismo no Brasil germinou através da estufa da República de Curitiba, produzindo consequências funestas para as instituições republicanas no país. Essas práticas jurídicas abjetas são reflexos desse período, onde se praticava não o regime jurídico estabelecido e o respeito à Constituição, mas ao código pessoal do russo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário