Ainda estamos impactados com um filme que retrata um episódio dos mais chocantes sobre a Ditadura Argentina. La Noche de Los Lápices é sobre um grupo de jogadores adolescentes argentinos que são sequestrados, torturados e mortos durante a repressão militar naquele país. Apenas um deles conseguiu sobreviver. O filme foi recomendado por um colega professor. Difícil entender como essa ideias de direita ganham espaço cada vez maior em nossa sociedade, levando milhares de pessoas às ruas para pedir uma intervenção militar.
Como informa o professor, é preciso muito estudo, muita articulação política, diálogo de base, muita mobilização, para enfrentarmos esses dias bicudos. Às vezes, a ironia, a astúcia, a inteligência podem ajudar, quando aplicadas na dose certa, dentro de padrões civilizados, para não se nivelar aos expedientes dessa extrema direita. Hoje, dia 23, começou o planejamento que deve orientar os trabalhos da CPI do MST. O Governo, como se sabe, abriu as porteiras políticas e vamos ter alguns problemas por aqui, pois a CPI está toda hegemonizada pela oposição.
Já estamos nas preliminares das eleições municipais de 2024 e, possivelmente, com reflexo nas eleições presidenciais de 2026. Há um consenso de que o Governo vai mal de articulação. A presença do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com o propósito de discutir pautas importantíssimas para o Governo, é um reflexo disso. O cochilo permitiu que a oposição vetasse as mudanças no marco regulatório do saneamento básico, através de um projeto de lei aprovado com abosulta facilidade.
Gostei bastante da atitude da Deputada Federal pelo Mato Grosso do Sul, Camila Jara, que resolveu levar uma garrafa de vinho orgânico, produzido pelo MST, para o evento, brindando a abertura dos trabalhos na CPI na Câmara Federal. Meio que a contragosto, mas para evitar ser deselegante, Ricarro Salles, relator da CPI, provou do veneno e gostou.
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