Algumas conversas relacionadas aos planos de espionagem urdidos para conhecer as estratégias utilizadas pelos Democratas nas eleições americanas, na década de 70 do século passado, quando Richard Nixon disputava a reeleição pelo Partido Republicano, foram gravadas, ainda em fitas, no interior da Casa Branca. Essas fitas foram posteriormente requisitadas pela Suprema Corte Amaricana, sem edições, para serem arroladas no processo que envolvia o então presidente no Escândalo Watergate.
Anos depois, em suas memórias, o ex-presidente americano lamentou profundamente que essas fitas não tivessem sido destruídas. Geralmente, forças especiais não costumam deixar fios desencapados, mas, neste caso em particular, os fios desencapados são tantos que começam a levantar algumas suspeitas de algo haver sido "plantado". Nosso reconhecimento aqui, antes de mais nada, ao excelente trabalho que está sendo realizado pela Polícia Federal que, a cada dia, revela fatos novos sobre o resultado dessas investigações.
Em todo caso, não deixa de ser curioso - e até suspeito - a facilidade com que alguns dados estão sendo encontrados. Dinheiro em espécie em casa; conversas de celular sobre os planos golpistas; orientações sobre o pagamento de beneficiários de esquemas ilícitos, como uma empresa que tem contrato com o Governo pagar as despesas pessoais de gente do governo passado. A corrupção é cabeluda, uma vez que já seria um absurdo adquirir certos bens ou pagar algumas despesas com o cartão corporativo. Geralmente, pela nossa experiência de serviço público, essas recursos saem de uma conta do tesouro. Nunca de terceiros. Que esculhambação é essa?
Nenhum comentário:
Postar um comentário