Alcançou grande repercussão nas redes sociais um comentário do jornalista Josias de Souza, do portal UOL, acerca da tomada de decisão do presidente Lula no sentido de retomar o programa do "carro popular". Na realidade, não se trata de um "programa" propriamente dito, mas um conjunto de medidas, adotadas pelo Governo, no sentido de facilitar a aquisição do automóvel pelas camadas mais fragilizadas da sociedade brasileira. O termo "popular" aqui não se aplica corretamente, porque, na realidade, com um carro em torno de R$ 60.000,00 apenas uma clase média bem aquinhoada pode ter acesso ao bem.
O automóvel chegar a este valor já com a isenção de impostos concedidas pelo Governo, o que significa que ele não pode configurar-se na terminologia "carro popular". Para se chegar a este valor, vários itens foram suprimidos de sua composição. O primeiro tiro no pé observado pelo jornalista diz respeito exatamente a isso, ou seja, o pobre mesmo irá continuar usando outros modais que não o sonhado carrinho. O segundo tiro no pé, observado pelo jornalista, diz respeito a isenção de impostos, o que se constitui numa contradição, depois de aprovado o arcabouço fiscal, dentro de uma previsão de uma larga arrecadação de impostos.
Abdicar desses impostos, neste momento,perece não ser o mais prudente. Ainda há um terceiro tiro no pé. Ao londo da tarde de ontem vazou uma informação de bastidores de que o presidente da Câmara dos Deputasos, Arthur Lira, teria confidenciado a interlocutores que ficou insatisfeito com o fato de o presidente Lula não ter combinado com ele antes o anúncio dessa medida. Afinal, estamos num regime de semipresidencialismo, onde tudo precisa ser combinado com o Poder Legislativo. Aceita essa premissa, por alguns aspectos, tlavez possamos fala aqui de um terceiro tiro no pé.
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