Crédito da foto; Lula Marques, PT |
Há vários qualitativos exigidos de um indivíduo para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal. O notório saber jurídico seria apenas um desses predicados. Essa discussão voltou à pauta, pela proximidade de o Governo Lula indicar um nome para a Suprema Corte, suscitando várias manifestações de atores de diversos campos de conhecimento, inclusive o jurídico, cada qual com o seu elenco de qualitativos. Ser indicado para aquela Corte é o coroamente de uma carreira jurídica bem-sucedida, mas, diante desses embates políticos, perece-nos que isso hoje é o menos relevante, entrando uma série de outras variáveis nesse jogo.
Até fatores de idade estão sendo considerados, como o de um pretendente que seria muito jovem ainda, podendo esperar mais um pouco. Um ex-magistrado daquela Corte agora se pronuncia, informando que Lula precisa indicar um negro para o STF. Ora, ele foi o primeiro negro indicado para o STF, por determinação direta de Lula, que quebrou um tabu histórico com a sua indicação. Só entendemos o raciocínio dele no sentido de que seja preciso "manter a regra", ou seja, permitir que outros negros possam ocupar espaço naquela Corte.De outro modo, ficamos sem entender muito bem.
Existem alguns setores da imprensa que não escondem sua indisposição com o Governo Lula. Um desses jornais aponta que Lula deverá se orientar pelos caprichos pessoais - como estaria fazendo neste seu terceiro mandato - em detrimento do interesse público. Assim, começa a ser arquitetada um conjunto de narrativas com o propósito de criar desgaste para o Governo Lula, pois sua indicação tende a recair mesmo sobre o nome do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu durante os processos da Lava-Jato. Mais do que ninguém, em tais circunstâncias, Zanin representou o interesse público, contra os equívocos e arbitrariedades cometidas contra um réu, sem que algumas prerrogativas básicas fossem respeitadas. Muito infeliz a informação do jornal de que sua indicação não representaria o interesse público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário