O Governo Lula, através do Ministério da Justiça, já se comprometeu a esclarecer a morte da vereadora Marielle Franco. Embora ainda não tenhamos superado o atoleiro da crise institucional em que estamos metidos, o empenho da Polícia Federal no caso deverá elucidar aqueles episódios nebulosos, apontando as circunstâncias e, principalmente, os mandantes do crime. Há indícios de que a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro teria manobrado para conduzir o processo de forma pouco republicana. Ressalto aqui que não se pode fazer generalizações ao trabalho da corporação, informando que quem agiu assim foram alguns policiais da Instituição, designados para investigar o caso.
Esses fatos não seriam incomuns, principalmente num Estado como o Rio de Janeiro, onde as milícias são formadas, em sua maioria, por policiais corruptos e ex-policiais, afastados da corporação por má-conduta. No Rio de Janeiro as instituições do Estado estão irremediavelmente contaminadas, daí a federalização das novas investigações. Os executores da militante Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, são dois ex-policiais militares afastados da corporação.
Ontem mesmo surgiu uma informação de que a UERJ teria repassado, através de uma folha de pagamento secreta, milhões de reais a uma pessoa ligada à "família", um pouco antes das últimas eleições. Como se diz no linguajar popular, está tudo dominado. Felizmente, o rosário de crimes cometidos estão subindo à superfície, em razão da inexistência dos expedientes que antes os mantiveram no subsolo, protegidos por sigilos. Um dia as coisas fogem ao controle, como é o que parece que vem ocorrendo.
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