Independentemente do fato sobre se o ex-presidente Jair Bolsonaro tomou ou não tomou a vacina contra a Covid-19, o que transparece durante esta operação de buscas e apreensões da Polícia Federal, realizada no dia de ontem, em diversos endereços, é que existia uma quadrilha que estava fraudando o precedimento de vacinação, adulterando dados, com a participção de agentes públicos. Alguns deles estão presos e outros deverão ser ouvidos no curso das investigações.
O que pesa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, neste caso específico, é que existe a suspeita de que ele possa ter sido um dos beneficiários, sobretudo quando se levanta algumas hipóteses dos arranjos possíveis para viabilizar suas viagens ao exterior, a países onde a vacinaçao estava sendo exigida, a exemplo dos Estados Unidos. Para usarmos uma linguagem coloquial, Bolsonaro está envolvido em diversos "rolos", mas a operação de ontem, deflagrada pela Polícia Federal, tratou dessa questão específica.
Quando o individuo junta as peças dessa engrenagem, por outro lado, dá um roteiro de filme policial americano. Envolve eventuais fraudes ou adulteração de cartão de vacinação; plano de rota fuga planejado; assessor com formação nas forças especiais militares; joias da Arábia Saudita; antesala de preparação de um possível golpe de Estado; auxiliares milicianos. É enrendo para prender(ops!) o indivíduo ao sofar durante um final de semana, nas conhecidas maratonas, acompanhado de tijela de pipocas. De preferência que não seja de microondas, posto que faz mal à saúde.
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