pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A caneta mais quente de Brasília
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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Editorial: A caneta mais quente de Brasília



A semana em Brasília começa agitada, com o início dos trabalhos das CPIs. Também nesta semana deve ser anunciado por Lula o nome do advogado Cristiano Zanin para Supremo Tribunal Federal, anúncio, aliás, já devidamente antecipado pela imprensa e pelas redes sociais. A oposição, naturalmente, não perdoa a indicação do nome do ex-advogado do presidente para o cargo e tal indisposição no se limitaria ao ambiente das redes sociais. Estariam planejando criar embaraços para o advogado durante a sessão de sabatina no Senado Federal. Em tempos normais, trata-se de uma mera formalidade. Mas não estamos em tempos normais. 

A corda está bastante esticada entre Governo e oposição. Ou entre os Três Poderes, para ser mais preciso. Existem até bolsas de apostas sobre quem seriam os próximos cassados ou inelegíveis. Neste terceiro mandato, Lula parece ter chegado à conclusão de que não adianta enfrentar o parlamento, sem as condições adequadas. Todas as vezes em que as negociações não foram bem-conduzidas, a conta chegou pesada ao Palácio do Planalto, como esta última, que tira algumas atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, permitindo que retrocessos ambientais anteriores sejam mantidos, comprometendo o capital político conquista pelo país entre os organismos internacionais.  

O último churrasco de arrumação política indicou, claramente, que estamos diante de um parlamentarismo não assumido. Daqui por diante o jogo é o seguinte: o Centrão dá com uma mão e tira com as duas. Concretamente é isso, embora se use os tradicionais eufemismos políticos, como a necessidade de ampliação de diálogo com o Congresso, por exemplo. Hoje, nas atuais circunstâncias, a caneta mais quente de Brasília encontra-se na mesa do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. 

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